No câmbio, economistas esperam dólar negociado a R$ 5,17 em dezembro, acima dos R$ 5,15 esperados no último Focus
O mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação para 2021 e 2022. Os dados constam no relatório Focus, publicado pelo Banco Central. Os dados foram colhidos na última sexta-feira (3).
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até o final deste ano passou de 7,27% para 7,58%, 22ª semana seguida de alta. Antes da primeira elevação, em 2 de abril, as estimativas apontavam para inflação de 4,81% em 2021.
O movimento de alta também foi visto nas projeções para a inflação medida pelo IPCA em 2022, que subiram de 3,95% para 3,98%. Esse é o sétimo aumento seguido.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, avançou 0,89% ante julho – acima da alta de 0,82% esperada por economistas consultados pela Refinitiv e o maior resultado para um mês de agosto desde 2002. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,81% e, nos últimos 12 meses, de 9,30%.
Em meio à pressão inflacionária, o mercado financeiro tem esperado juros mais altos do que os estimados no início do ano. Para dezembro, as apostas apontam para uma taxa Selic de 7,63% ao ano. A projeção representa uma alta ante o relatório Focus anterior, que apontava uma previsão de 7,50% ao ano.
A previsão para 2022 também subiu. A taxa Selic deve terminar o próximo ano em 7,75%, segundo o mercado financeiro. O relatório anterior também apontava uma Selic em 7,50% ao ano em 2022.
Já sobre as expectativas para o desempenho da atividade brasileira, houve redução na estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, de 5,22% para 5,15%. Para 2022, o Focus também diminuiu a estimativa de expansão, de 2,00% para 1,93% de alta no PIB.
Por fim, no câmbio, os economistas esperam dólar negociado a R$ 5,17 em dezembro, acima dos R$ 5,15 esperados no último Focus. Ao fim de 2022, a projeção é de R$ 5,20 por dólar. Esse é o mesmo valor da semana anterior.
Fonte: infomoney.com.br
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